Turbulência de Montanha
Mike Davison
Emma Giada
Gonzalo Vásquez
1. Referências:
- A. Documento da Força Aérea
- B. Arquivos PCGRIDDS WAF22APR.00Z, disponíveis na Internet.
2. Generalidades: A turbulência de montanha é uma forma de turbulência mecânica. A
intensidade deste fenômeno depende muito da direção e magnitude do vento. Quanto mais
perpendicular à barreira for o vento, mais acentuados serão seus efeitos. De igual maneira
quanto maior a magnitude do vento, mais fortes serão seus efeitos à sotavento. Também, os
ventos fortes resultam em que os efeitos da turbulência sejam sentidos a maior distância.
Tipicamente, para que um avião possa evitar os efeitos de turbulência de montanha, é
recomendado cruzar a barreira a uma altura de 2.5 vezes a elevação da montanha.
Altitude Favorável= 2.5 X Elevação
Exemplo: Uma montanha que mede 2 Km, tem que ser cruzada a uns 5 Km de altura para
evitar os efeitos da turbulência.
3. Categorias de Turbulência:
- A. Leve: ;reas montanhosas, mesmo quando os ventos são fracos.
- B. Moderada:
- (1) Em ondas de montanha a 500 km, à sotavento quando o vento é perpendicular a
cordilheira e é maior que 50 kt.
- (2) Em ondas de montanha a 250 km, à sotavento quando o vento é perpendicular a
cordilheira e varia entre 25-50 kt.
- C. Severa:
- (1) Em ondas de montanha a 250 km à sotavento quando o vento é perpendicular a cordilheira e excede os 50 kt.
- (2) Em ondas de montanha a 100 km à sotavento quando o vento é perpendicular a cordilheira e varia entre 25-50 kt.
4. Exemplo Prático: Na figura 1 estão plotados os ventos e isotacas no nível de 500 hPa. O
vento com magnitude maior que 50 nós está plotado em cor amarela.
Figura 1
As isotacas maiores que 50 nós foram plotadas em cor roxa. No gráfico, também se inclue a
Cordilheira dos Andes, representada por pequenos quadrados. No modelo Aviação, o qual
estamos utilizando em nosso exemplo, a cordilheira é uma aproximação, e não está
representada a escala. Isto é uma consideração na topografia a qual minimiza a geração de
ondas falsas pelo modelo. Lembre que ao norte de 40S os Andes excedem os 4Km, e em
muitas áreas ultrapassam os 5Km, particularmente ao norte de Santiago.
Na figura 1 podemos ver que a magnitude do vento entre Santiago e Valparaiso está entre 50 e
70 nós. O vento cruza os Andes, nesta região, em um ângulo quase perpendicular a barreira.
Seguindo nosso guia, o qual sugere que quando os ventos excedem 50 nós devemos ter
turbulência de intensidade severa a 250 km no lado a sotavento, deveríamos esperar
possibilidade de turbulência de intensidade severa na área de Cuyo. Turbulência de intensidade
moderada se esperaría na Argentina Central, que segundo o guia cai mais de 250 km no lado à
sotavento, porém a menos de 500 km.
Na figura 2, estas áreas de turbulência foram identificadas. Usando a equação anteriormente
mencionada para estimar a altura máxima da camada turbulenta, considerando uma altura média
de 4 km nesta região, obtemos que para evitar a turbulência as aeronaves teriam que viajar a
uma altura de 10 km sobre o nível do mar. Isto é, no nível de vôo 330 (33,000 pés).
Figura 2
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